quinta-feira, dezembro 9

brilho

Cheguei mais cedo a casa do que o previsto, deitei-me na cama olhando para o tecto, sentia-me cansada mas não tinha sono só tinha vontade de dar umas boas gargalhadas, levantei-me e dirigi-me à porta da sala abri-a e voltei a fechá-la, sentei-me nas escadas e fiquei contemplando o vazio da noite, o silêncio não era assim tão mau, não havia burburinhos de pessoas a zombarem em meus ouvidos, não havia carros na estrada.
No entanto estendi-me na relva molhada e mirei o céu, não havia estrelas apenas uma escuridão imensa, comecei a sentir a chuva a abater-se no meu rosto mas eu deixei-me ficar, apesar de começar a sentir-me ensopada, eu estava bem ali, talvez por achar que este tempo de inverno e melancólico se identifica-se comigo. A única luz que pouco alumiava o negro da noite era a dos candeeiros mas não era suficiente para tamanha obscuridade.
O ar quente que se fazia sentir identifica-se a tempestade, o céu tinha cara de descontentamento.
De momento levantei-me num ressalte, um som de longe ecoou nos meus tímpanos, era simplesmente trovoada. E agora numa fracção de segundos a luz que existia não era somente dos candeeiros mas sim do relâmpado, que desvaneceu em meus olhos deixando um brilho.

 

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