quarta-feira, fevereiro 20

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"Agora sinto necessidade de regressar a este mundo. O mundo onde me exprimo quantas vezes eu quiser. Desconheço quem me lê mas identifico-me com metade das histórias que leio. Histórias essas que também desconheço as personagens principais. E como é mais fácil dar conselhos a estranhos. E até mesmo ouvir os conselhos que nos querem dar, se forem de estranhos parece outra coisa. As palavras foram feitas para serem usadas e eu uso-as quanto as sei usar. Tento dizer o máximo que consigo, exprimir o máximo que sinto. Sei lidar comigo, apesar da complicação que sou. Tenho pena de quem me atura, na verdade. Mas sei que quem já não me atura, não tinha problema em me aturar, tinha problemas consigo próprio, porque quem me conhece não me abandona pelo que eu sou. O meu feitio apesar de complicado também é demasiado bom, bom no sentido da pessoa que sou. Não sou nenhuma vítima, não gosto de pessoas insossas. Mas também não sou o diabo, sou boa com os outros, ajudo mesmo quem me prejudica, não consigo vingar-me prejudicando alguém, burra talvez seja. Tenho demasiado amor à bondade no seu abstrato. A vida ou os meus erros tentam ensinar-me a viver e eu tento aprender, não me tenho saído mal. Só tenho de arranjar tempo para mim, para libertar o meu espírito e deixá-lo a vaguear para se purificar de toda a maldade que cobre este mundo." 
Autoria desconhecida mas simplesmente adorei.